A essência é aquilo que existe de mais fundamental, de mais íntimo e de mais autêntico. O que é realmente importante e valioso. Aquilo que existe em nós antes das pressões sociais, das adequações, dos medos, da vontade de sermos diferentes do que somos.
>> Antes de acreditarmos que o que somos não é suficiente.
Jasmim é Jasmim, não é Rosa nem Vetiver. Alguém pode achar que ela é doce demais, mas e daí? O que muda na vida da Jasmim?
Nos desconectamos da nossa essência quando acumulamos coisas que não são nossas e corremos para atender expectativas. Criamos uma série de camadas na tentativa de “consertar” o que nos parece inadequado. Fazemos isso por medo da desconexão, da não aceitação, de não sermos valorizadas e de não merecermos amor.
Precisamos remover as camadas para nos olharmos. Somos essencialmente imperfeitas e vulneráveis. As camadas nos protegem, mas também nos limitam.
Reconhecer e abraçar a vulnerabilidade é a chave para construir a autoaceitação e o amor-próprio. É preciso escolher puxar o primeiro fio, dar o primeiro passo.
Buscar a nossa essência não é um passe de mágica. É uma escolha, uma ação. É decidirmos, entre muitas opções, quais realmente importam. É, conscientemente, renunciar ao que nos afasta de nós mesmas. É dizer não à sobrecarga de informações externas e opiniões alheias.
Escolhas sempre serão feitas. Se não escolhemos, escolhem por nós. Quando nos responsabilizamos pela escolha, colocamos os nossos interesses como prioridade e assumimos o controle. Com o controle em mãos, o que vamos sentir se torna mais previsível.
Sentir é estar vulnerável. E já entendemos que vulnerabilidade não é uma opção, é uma realidade. Mas sentir não é uma fraqueza, principalmente quando vivemos em uma sociedade cheia de recursos para nos anestesiar: consumismo, drogas, excesso de trabalho, relações casuais, falta de tempo e tantas outras coisas. Sentir é coragem, é agir com o coração, e a coragem não é o oposto do medo.
É no sentir que as conexões acontecem, inclusive a conexão conosco. Nos disponibilizarmos para as conexões gera inseguranças, incertezas e medo da exposição. O problema não está, entretanto, em sentir ou em ser vulnerável, o problema está em como lidamos com isso.
A vergonha e o medo de nos mostrarmos (aparentemente) sem proteção são legítimos. Crescemos em uma sociedade machista e patriarcal e fomos ensinadas que é preciso muita luta e muito esforço para ocuparmos o nosso lugar e que, ainda assim, nunca será o suficiente. Aprendemos que só a perfeição e as qualidades são dignas de admiração.
Mas isso é uma mentira: já somos o suficiente e o medo é uma forma de controle.
Percebe como a coragem vai contra a lógica da sociedade de consumo? Alimentar as nossas inseguranças é fundamental para que o status quo seja mantido, para que estejamos sempre consumindo na busca eterna pelo que nunca seremos.
A nossa sociedade vibra na escassez, colocando todo foco no que falta e criando necessidades. A constante sensação de inadequação é um sintoma da energia masculina distorcida e em excesso, tão presente no nosso dia a dia.
Sentir é qualidade da energia feminina. Ela é a volta para nossa força, para nossa segurança, para nossa verdade, para o nosso propósito.
Quando nos fortalecemos, construímos a nossa autoestima de dentro para fora, sem a necessidade da aprovação do outro. Essa autovalorização nos inspira a compartilharmos – sem medo – quem somos.
Viver a nossa essência é um propósito. É resultado de escolhas cotidianas e conscientes que nos conectam com a nossa energia feminina, que vibra na abundância, que sente e se expressa sem medo e, por isso, se conecta verdadeiramente com o Todo.
Ser quem somos é a maior contribuição que podemos dar e o único caminho para uma vida plena.
Se a sua essência tivesse um cheiro, qual seria? "Descobrir" o seu perfume é muito mais do que ter um produto exclusivo, é uma oportunidade de ser olhar com profundidade e redescobrir o caminho para si mesma.
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